Procura-se o amor

Mesmo depois de dois mil anos que a maior referência do amor verdadeiro de Deus passou pela terra, o ódio ainda domina alguns corações.

Alguém me diga aonde está. Pensei que eu soubesse. Pensei que estivesse em todos os cantos.

Mesmo depois de dois mil anos que a maior referência do amor verdadeiro de Deus passou pela terra, o ódio ainda domina alguns corações.

No último Festival Municipal de Dança com tema Cinema, dentre as diversas apresentações artísticas exibidas em quatro dias, somente uma tomou repercussão nas redes sociais.

Baseada no filme “Hoje eu Quero Voltar Sozinho”, o espetáculo apresentado por uma escola particular do município retratou o longa metragem com movimentos que por alguns foi pouco notado. As pessoas envolvidas, a mensagem transmitida, horas de trabalho realizado, nada disso importou além da cena de duas pessoas do mesmo sexo encostando seus lábios como parte da encenação.

Não é possível encontrar nos comentários negativos – que se espalharam facilmente na rede – uma só opinião capaz de compreender o clímax da história.

Pra quem ainda não conhece, o filme retrata a vida de um adolescente cego que recebe excesso de cuidado dos pais e pouca compreensão dos colegas de escola que zombam de sua deficiência.

No decorrer da trama, um aluno novato se aproxima desse jovem e por meia do amor – esse mesmo que estou procurando – traça novas perspectivas para o cego jovem que, de certa forma, ganha “um novo olhar” e sentido pra vida.

Nada disso foi observado, somente o beijo gay, que se fez necessário na cena pelo contexto da história.

A falta de amor não deixou que alguns expectadores fizessem as observações que o espetáculo objetivava. A falta de amor cega.

E quando a falta de amor está latente no coração do homem, o amor dos outros é atingido.

O amor dos alunos pela dança, o amor dos professores que ensinam, o amor de alguns pais que acompanham todo o trabalho desenvolvido e que antes o admirava, até que a falta de amor do outro transforma sua opinião ao ponto de querer impedir os filhos de fazerem o que pra essas crianças pode ser a maior realização para o momento.

A falta de amor destrói, faz chorar, violenta, cala, sufoca, reprime, leva dores.

A FALTA DE AMOR MATA.

Por Ítalo Berto